quarta-feira, 9 de outubro de 2024

JOGO DA MEMÓRIA DE CARROS DO BRASIL, COM PEÇAS REDONDAS, DADO COMO BRINDE EM UM SALÃO DO AUTOMÓVEL, POR VOLTA DE 1970

Acho que a maioria dos meus textos tem seus títulos criados somente no final, quando já concluídos. Mas desta vez está sendo bem diferente. Nunca tive tanta certeza a respeito de um título, que tinha que ser assim, bem completo mesmo, a fim de facilitar o impossível... Cheguei até a jogá-lo no Google, em busca de alguma imagem, referência, qualquer coisa. Nada encontrei. Só existe na minha lembrança... Mas vai que, por um milagre da internet, quando colocar este texto em meu blog, alguém, que tenha esta raridade em mãos, entre em contato comigo...

Tenho em minha mente as imagens gravadas, que atravessaram décadas. Gordini, Decavê, Dodge Charger R/T, Variant... Tenho certeza que, se este jogo com peças redondas estivesse novamente em minhas mãos, despertaria lembranças muito vívidas. Mais ou menos parecidas com as que tive quando revi as fotografias estampadas no livro “História do Automóvel”. Quando meu irmão estava se desfazendo dos livros para mudar de apartamento, logo lhe pedi para me dar este grosso volume, por mim folheado muitas e muitas vezes, quando, ainda criança, mais de cinco décadas atrás, admirava os carros e fixava na memória aquelas belas ilustrações. E, depois de tanto tempo, quando voltei a ver aqueles carros que foram cravados no imaginário infantil, ah... que sensação boa!

Engraçado... De certo modo, eu levei ao pé da letra, pois este jogo da memória foi memorizado para sempre... Sei que a probabilidade de eu encontrar algum exemplar deste objeto, por mim tão venerado e decorado, é muito remota. Primeiro porque, por ter sido dado de brinde em um salão do automóvel, provavelmente nunca houve uma grande quantidade deles. Somente aquele número limitado, para ser distribuído naquele determinado evento, só isso... Só se alguém guardou... Alguém como eu, que ficou admirando aqueles carros coloridos. Sim, porque antigamente os carros eram bem mais coloridos, e isto era muito bom. Bem diferente de agora, com os carros quase todos da mesma cor. Cinza e branco dominam, restando pouco espaço para os pretos e vermelhos. E fica praticamente só nisso, um mundo chato, sem variação de cores. Mas voltando ao hipotético leitor, que, por um maravilhoso acaso, acabe se deparando com este texto, este leitor que não só se deslumbrava em ver aqueles carros coloridos, mas que, principalmente, teve o cuidado que eu não tive, de guardar o objeto tão querido... Sim, dirijo-me agora a este leitor! Entre em contato comigo! Estou disposto a comprar o seu jogo da memória de carros do Brasil, com peças redondas, dado de brinde em um salão do automóvel, há muito tempo atrás, por volta de 1970... Mesmo que não cheguemos a um acordo que viabilize a compra, gostaria de somente vê-lo, manuseá-lo, deixando despertar antigas lembranças...

E você, leitor que nunca viu este jogo da memória, deve estar achando meio sem sentido toda esta minha veneração. E talvez até não haja sentido mesmo. Escritor tem dessas coisas, potencializa os sentimentos para tentar tornar suas obras mais atraentes... Mas bem que eu queria ver esse jogo da memória novamente... Quem sabe um dia? Quem sabe o tal hipotético leitor realmente existe e acabe lendo estas linhas... Bom, fiz a minha parte. A sorte está lançada. E, de quebra, o texto deste mês, aqui no blog, está pronto!