Não me desespero. Espero. Aguardo o momento
certo, que sempre aparece.
Em um mundo cada vez mais frenético e
impaciente, as pessoas me enxergam como um sinal de fraqueza. Mas eu não
ligo para o modo como os outros me veem, e mantenho a minha costumeira
tranquilidade.
Não me precipito, nem antecipo. Vivo o presente,
plenamente.
As pessoas, quando estão nervosas, nem querem
saber de mim. Então eu fico no meu canto, esperando. Porque geralmente é depois
que as coisas deram errado que se lembram que me esqueceram. Aí ficam se
lastimando, dizendo que me perderam. Mas ora essa! Se me tivessem, de verdade, ouviriam
os meus conselhos nos momentos mais dramáticos...
Para você me conhecer melhor, que tal fazermos
de conta que estamos no final daquelas entrevistas em que se faz um bate-bola,
com perguntas e respostas? Vamos lá?
Onde eu costumo estar? Onde há confiança,
costumo estar lá também.
Do que eu não gosto? Que me confundam com
apatia.
Uma alegria? Apaziguar uma briga.
Um medo? De as pessoas não mais conseguirem me
encontrar.
O que me deixa impaciente? Nada.
O que me irrita? Nada.
Um ditado? Devagar se vai ao longe.
E finalizando, se você, leitor ou leitora, está ansioso e impaciente por eu não ter ainda me apresentado... Calma, meu nome é calma.