sábado, 24 de maio de 2025

MEU NOME É CALMA

Não me desespero. Espero. Aguardo o momento certo, que sempre aparece.

Em um mundo cada vez mais frenético e impaciente, as pessoas me enxergam como um sinal de fraqueza. Mas eu não ligo para o modo como os outros me veem, e mantenho a minha costumeira tranquilidade.

Não me precipito, nem antecipo. Vivo o presente, plenamente.

As pessoas, quando estão nervosas, nem querem saber de mim. Então eu fico no meu canto, esperando. Porque geralmente é depois que as coisas deram errado que se lembram que me esqueceram. Aí ficam se lastimando, dizendo que me perderam. Mas ora essa! Se me tivessem, de verdade, ouviriam os meus conselhos nos momentos mais dramáticos...

Para você me conhecer melhor, que tal fazermos de conta que estamos no final daquelas entrevistas em que se faz um bate-bola, com perguntas e respostas? Vamos lá?

Onde eu costumo estar? Onde há confiança, costumo estar lá também.

Do que eu não gosto? Que me confundam com apatia.

Uma alegria? Apaziguar uma briga.

Um medo? De as pessoas não mais conseguirem me encontrar.

O que me deixa impaciente? Nada.

O que me irrita? Nada.

Um ditado? Devagar se vai ao longe.

E finalizando, se você, leitor ou leitora, está ansioso e impaciente por eu não ter ainda me apresentado... Calma, meu nome é calma.