Um dia desses descobri que escrevo e falo errado
uma palavra. Minha filha me perguntou como escrevia. Respondi, sem hesitar: “de
te ti za ção”. Ela disse que o corretor ortográfico indicava que estava errado.
O certo é com “de” no lugar de “te”, duplo “de”. Assim: “de de ti za ção”. “Mas
vê aí se não pode usar também ‘te’”, disparei logo em seguida. Afinal, para
alguém como eu, que quer se considerar escritor e que costuma ter um zelo
especial pelas palavras, é difícil admitir um erro assim. Mas tive que admitir.
Um erro que durou uma vida toda, no meu caso, mais de cinco décadas.
Como atenuante, tenho a dizer que acho que nunca
escrevi esta palavra. Assim sendo, acredito que a falha da escrita não foi
cometida. Porém, com certeza, falei errado algumas vezes. Mas foram poucas,
pois não é uma palavra do meu dia a dia. E, além disso, para quem ouve, não é o
tipo de erro que fere os ouvidos. A troca do “de” pelo “te”, com seus sons meio
que parecidos, pode até passar despercebida no meio das cinco sílabas. Ainda
bem!
Bom, daqui para frente falarei e escreverei
corretamente: dedetização. Mesmo que o profissional que lida com este
procedimento fale como eu falava. Foi justamente o que ele me disse, no fim de
semana passado, quando veio executar o procedimento aqui em casa: “bla-bla-bla,
detetização, bla-bla-bla”.
Mas ainda bem que os insetos não ligam para dedetização com “de” ou com “te”. Morrem do mesmo jeito!
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