Este texto acaba aqui. Não adianta escrever mais
do que o extremamente pouco. Ninguém lê. O mundo está sendo dominado pelas
imagens. Todo texto que tiver mais que cinco linhas está fadado ao abandono. É
por isto que não pretendo chegar ao segundo parágrafo.
Leitor, o que você está fazendo aqui? É teimoso
ou curioso? Os dois? É outra coisa? Não importa. Mas já vou lhe alertando que
não adianta esperar algo deste texto. Ele não tem nada a oferecer. Já devia ter
acabado. Onde já se viu? Presunção minha! Pensar que seria capaz de roubar a
atenção dos memes, emojis, vídeos de poucos segundos, etc. É por isto que desta
vez tenho que encerrar de vez, sem misericórdia nem fecho final.
Outra vez nos encontramos, leitor. Quem diria?
Terceiro parágrafo! Mas há uma explicação para isto. Naturalmente, você não
deve ter perdido mais que poucas dezenas de segundos na leitura até aqui. Quase
certeza, menos de um minuto. Ainda está dentro da faixa de tempo que consegue
espaço dentro de uma sociedade cada vez mais apressada e ansiosa. Para passar
deste tempo, o texto deverá enfrentar as terríveis perguntas: “Para que serve?”,
“O que eu vou ganhar?” e “Onde é que vai dar?”. Bom, para economizar o seu
tempo e assim poder utilizá-lo para ver mais memes, vídeos curtos e coisas do
tipo, vamos às respostas. Este texto não serve pra nada, não vai dar em lugar
algum e você não vai ganhar nada lendo. Então, já que eu, como se diz na gíria,
cortei o barato, quase que lhe obrigando, leitor, a interromper a leitura, nada
mais me resta além de dizer: este texto acaba aqui.
Olá! Ainda tem alguém aí do outro lado, lendo?
Você gosta de ler, hein? E eu, de escrever, me comunicar. Mas talvez esteja na
hora de eu mudar de ramo, fazer alguns memes, vídeos curtos... É muito
estranho... A palavra escrita pode transportar o leitor para uma infinidade de
mundos, no entanto, aqui do meu lado, tenho a sensação de estar falando no
deserto. O deserto das palavras massacradas pelas imagens.
Este texto acaba aqui.
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