Andando no parque linear da Kennedy, em São
Caetano, pouco depois do anoitecer, ouço crianças que se aproximam atrás de
mim. Estão correndo, muito alegres, falando coisas que não dá para entender,
mais riem do que falam. Lembro-me que já fiquei assim contente em minha
infância, rir sem motivo, junto com amigos, risada contagiante... Sinto, junto
com elas, a liberdade que desfrutam, tanto espaço pela frente, no qual elas
mergulham com movimentos descoordenados, explosão de felicidade.
Não me viro para vê-las, mas nem é preciso, pelo
que ouço, consigo imaginar perfeitamente a cena! Havia acabado de
ultrapassá-las, um menino e uma menina, junto aos pais, eu acho, formando um
grupo de três adultos e duas crianças, se não me engano. Suas risadas e
palavras que só elas entendem, e as passadas na corrida tentando me alcançar,
ou simplesmente correr para festejar a alegria de passear com a família com o
mundo inteiro ao redor... Não é preciso ver para ver a cena...
E logo outra cena bonita surge, desta vez diante
dos meus olhos: um cachorrinho passeando, na frente do humano que o conduz com
a coleira. O animalzinho parece sorrir.
Meu astral se sintoniza com a felicidade do
momento. Vejo as flores preenchendo os canteiros que seguem ao lado do caminho
das pessoas. As pessoas... Cada uma delas, cada um de nós pode ver e sentir
esta alegria nas coisas... Ou não... É questão de sintonia...
Há momentos que são únicos. Bons de viver. Que eu possa sempre estar preparado para não os deixar passar sem os perceber.
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