Escrever sobre coisas que aconteceram é sempre
mais fácil, pois a ideia já está pronta. Ao colocar estas coisas no papel, ou
teclá-las na tela do computador, não importa a maneira como registramos as
memórias, acabamos por salvá-las de caírem no esquecimento. E fazer isso
enquanto as experiências estão relativamente frescas na lembrança, acredito que
seja o melhor momento, porque aí conseguimos retratar os fatos com a fidelidade
que merecem, sem distorções.
Deveria começar a narração seguindo a ordem
cronológica, a partir do momento em que ouvi as exclamações vindas da garagem,
quando elas, minha esposa e filha, disseram que um passarinho lá estava,
naquela manhã do segundo sábado do mês de novembro de 2022, enquanto nos preparávamos
para sair rumo à aula de Pilates. Mas não, prefiro começar contando pela
lembrança mais marcante para mim, aquela que mostra o grau de intimidade que aquele
pequeno ser, em tão pouco tempo adquiriu, ao ficar empoleirado sobre os meus
óculos, pendurados no pescoço, enquanto eu, andando cuidadosamente, desfilava com
a sua companhia, tendo-o rente ao peito, fazendo do objeto que são os meus
olhos de ver de perto um balanço ou um poleiro improvisado. Que boa sensação!
Também gostei muito quando andei um pouco pela casa, tendo-o pousado sobre meu
ombro direito. Sempre quis desfrutar este grau de proximidade e confiança.
Faz-me lembrar dos filmes que mostram papagaios pousados em ombros humanos.
Muito boa experiência!
Batizei-o de Peninha. Mesmo nome do personagem
principal de um conto infantil que fiz há décadas atrás. Diferente do seu xará
da ficção, não tinha nenhuma peninha que teimasse em ficar espetada sobre a
cabeça. Acho que o nome surgiu como uma espécie de resgate da antiga criação,
apesar de nada se parecer com ela, mais sendo a minha vontade de materializar o
protagonista daquela história, como se o mesmo viesse me visitar após tanto
tempo.
Logo procuramos descobrir qual seria a sua espécie.
Primeiramente pensei em pomba-rola, mas o bico mais comprido, apesar do seu
pequenino tamanho, apontava para outra classificação. Minha sogra dizia que era
sabiá, palpite que trazia boa probabilidade de corresponder à verdade, pois a
presença destes pássaros é comum aqui nas redondezas. Cheguei até a imaginar que
fosse filhote de bem-te-vi, mas descartei a ideia, pois não havia uma coloração
amarela mais intensa em seu peitinho. O que havia, neste mesmo lugar, era um
quase imperceptível amarelo-amarronzado, fazendo com que a hipótese da sogra, e
também da esposa e da filha, ganhasse o ranking dos palpites.
E lá fui eu, pesquisar na internet, quanto tempo
vive um bicho desses, o sabiá. Encontrei resultados variados, de 10 até 30 anos.
Na pior das hipóteses, considerei uma década de longevidade, e fiquei a imaginar
como seria o convívio com o passar do tempo. Havíamos decidido criar o
animalzinho solto, e eu cultivava a esperança de que ele, mesmo após os
cuidados que pretendíamos lhe dar em seu começo de vida, não nos abandonasse,
permanecendo no entorno da casa, em especial no quintal do fundo, onde temos
várias árvores que servem como um bom habitat para os pássaros. Que bom seria
ter um animalzinho de estimação criado com total liberdade, mas que, pela vontade
de nos ter por perto, optasse por conviver conosco! O conheceríamos de imediato
pelo grau de intimidade, já chegaria pousando ao nosso lado, no nosso ombro.
Conversaria em silêncio com a gente, contando-nos como é bonito ver o mundo de
cima, rasgando os ares. Mas também estava perfeitamente preparado para um
natural abandono da parte dele, deixando-nos para trás, para voar por terras
distantes...
A memória não é algo linear ou contínuo. É composta
por momentos, que trazem emoções. E uma das coisas que não posso deixar de
contar foram as ocasiões nas quais o Peninha, sempre muito curioso e xereta,
escapava do nosso olhar e sumia do mapa. Aliás, acho que este espírito
desbravador e inquieto foi a causa do seu desgarramento da família. Um dos
sumiços começou com a seguinte cena: o safadinho esforçando-se para subir a
escada que leva ao que chamamos aqui em casa de salãozinho. Degrau após degrau,
às vezes sem conseguir voar o suficiente para atingir o próximo nível, mas
sempre bastante empenhado na sua exploração do território. Tenta uma, duas, três
vezes. Tem degrau em que ele emperra. Aí depois embala uns dois ou três em
seguida. E assim vai. Lá em cima, ao final da escada, uma grande maleta de
plástico, embalando uma prancheta de desenho portátil, repousa atravessada rente
ao portãozinho, para evitar que o xeretinha se perca entre tantas coisas que
ali guardamos. No entanto isto se mostrou insuficiente para contê-lo. De
repente: onde está o Peninha? Acredito que ele, já no último degrau, tenha dado
um jeito de passar por baixo da grade lateral, entrando assim no pior aposento
da casa em que poderia entrar, pois encontrar o pequenino seria, como diz o
ditado, procurar uma agulha em um palheiro.
Andei com muita cautela entre as caixas, sacos,
mesa e poltronas, no estreito caminho reservado à passagem, olhando cuidadosamente
o chão que pisava, com medo de esmagá-lo acidentalmente. Procurava concentrar-me
na audição, porque era possível ouvir um quase inaudível pio que às vezes o
danadinho resolvia soltar. Mais difícil era saber de onde vinha o baixíssimo
som. Cheguei até a pensar que ele ali morreria, perdido em algum canto. Fiquei
nervoso e inconformado com a falta de cuidado que provocou este desfecho.
Porém, depois de certo tempo, não muito, eis que o encontro, perto do
portãozinho, na beira da curva do caminho entre todas as coisas. Ufa! Logo
peguei-o com alívio. Até parece que queria dar uma volta naquela selva de
objetos e, quando se deu por satisfeito, apareceu para ser resgatado. Que
safado!
Algo parecido ocorreu no quintal do fundo. Nesta
ocasião, eu estava sempre de olho no bichinho, enquanto varria as folhas. É uma
área verde, cercada por muros e paredes, não teria como ele fugir de casa. Os
seus pequenos e baixos voos não seriam suficientes para fazê-lo escapar. E como
foi prazeroso vê-lo voar! Ele deve ter ficado contente por ter atingido a
fenomenal altura de uns 70 centímetros, conseguindo pousar sobre um dos quatro
canos do cercado que envolve o pé de goiaba. Depois fez um voo curto até o cano
do canteiro da romã e, daí, arriscou-se em um trajeto de longa distância, quase
dois metros, até empoleirar-se na cerca que delimita o canil, um pouquinho mais
alta, com seus 80 centímetros, aproximadamente. Deve ter gostado bastante de
aventurar-se por aquele pedaço de natureza que, para ele, era gigantesco! Outra
cena que me lembro bem é vê-lo, outra vez empoleirado, no meio da grade da
cerca. Ver aquele bichinho, pousado sobre o arame, em pequena altitude, em uma
das muitas aberturas que formam a grade, foi muito bom. Fiquei contente, pois
acho que ele se divertiu bastante... Mas eu tenho que deixar aqui algumas palavras
sobre como é o quintal, a fim de que você, que procura acompanhar este meu
relato, possa se orientar melhor... Do lado esquerdo há uma cerca e um pequeno
portão de madeira, que definem a área lateral de um canil, onde há a casa do
cachorro. Três pequenos canteiros que abrigam os pés de acerola, romã e goiaba,
além do cimentado entre estas árvores, formam o quintal particular daquele que
não está mais aqui para aproveitar... O nosso querido Bob se foi... E o querido
Peninha quis também explorar este território natural. Aproveitou a minha rápida
entrada para dentro de casa, a fim de fazer ou pegar algo que agora não me
lembro, e sumiu novamente! Quando voltei ao quintal, nada de passarinho naquela
região na qual ele estava. E olha que aqui também havia o perigo de ele perecer
nesta aventura, pois do lado direito, sob e entre outros pés de fruta, folhagens,
roseiras, há uma espessa camada de uma planta rasteira chamada “dinheiro em penca”,
na qual o Peninha poderia perfeitamente afundar e se enroscar. Outro apuro!
Caramba! E agora? Mais nervosismo e preocupação. Procura que procura e nada! Ao
menos, de vez em quando, ouvia o seu quase inaudível pio, que era uma garantia
de que ele não havia escapado para fora dos limites da casa, pois parecia que o
baixíssimo som estava sendo emitido de algum lugar do meu quintal. Imaginava
ele enroscado no emaranhado do dinheiro em penca, armadilha perfeita para
pegá-lo em toda a sua fragilidade. Não deveria ter me ausentado nem um segundo
sequer! Enquanto varria as folhas com os olhos grudados no bichinho, não tinha
como ele se perder. Que irresponsabilidade a minha! Porém a coisa acabou como
no salãozinho. De repente ele me aparece, com a mesma cara que diz: pronto, já
dei uma voltinha por aí, agora já pode me pegar!
Chegou a hora de contar sobre a alimentação.
Bom, quanto a esta parte, logo percebemos que ele não sabia comer sozinho. Na mesma
hora em que ele apareceu aqui em casa, o colocamos em uma caixa de papelão ao
lado de um pedaço de mamão. Esperávamos que ele comesse algo, mas, ao voltarmos
da aula de Pilates, constatamos que o mamão estava intacto e a caixa vazia.
Como o deixamos no corredor lateral, que vai dar em um pequeno quintal, também
lateral e a céu aberto, pensei que ele havia partido para longe, e até achei
bom. Fiquei, de certa forma, contente por ele ter conseguido independência,
acreditando que dali para frente ele se viraria por si. Mas, pouco tempo depois,
encontrei-o empoleirado sobre a haste de metal que serve de base para o
carretel da mangueira. Foi o primeiro sumiço do safadinho... Bom, voltando à
alimentação, ainda naquela manhã de sábado em que ele apareceu, consegui fazer
com que tomasse um pouco de água na seringa. O coitadinho estava com sede.
No entanto, neste primeiro dia, depois de o
Peninha matar a sede, não abriu o bico para engolir mais nada. Tentamos suco de
mamão, água, e o biquinho continuava lacrado. Apesar de ele se mostrar ativo e
esperto, não podia ficar sem comer. Então, ao final do dia, ainda naquele sábado
em que ele resolveu aparecer aqui em casa, fui em busca de algum alimento
apropriado. Saí do pet shop tendo em mãos um potinho com pó, que deveria ser
dissolvido em água. Um composto específico, cheio de nutrientes, feito para filhotinhos
de aves. Mas nem isso agradou o Peninha.
No dia seguinte, a casa estava cheia, pois era a
festa de aniversário de minha filha. O Peninha estava no meu quarto, lá em
cima, para não se estressar com tanta gente, pois dizem que os passarinhos são
sensíveis com essas coisas. Sobre a caixa de papelão, um xale de furos largos para
que evitasse um novo sumiço, mas também para permitir certo grau de iluminação
e, principalmente, de ventilação. Porém, em determinado momento da festa,
resolvi buscar o mais novo integrante da família, para apresentá-lo para as
pessoas. Minha cunhada mostrou-se preocupada com o fato de ele não estar se
alimentando. Minha irmã já sentenciou que ele estava doentinho, só de ver, sem mais
nenhum exame, e este diagnóstico dado assim de repente, sem que fosse
solicitado, deixou-me chateado. Poxa, que pessimismo! E olha que ela não é
nenhuma especialista em pássaros! Achei bem mais pertinente o comentário do
amigo de minha sobrinha, que disse que ele estava assustado. Ele havia morado
muito tempo na Bahia, nasceu lá, acho que em região rural. Então as suas
palavras ganharam valor, pois deve ter vivido situações e adquirido algum
conhecimento capaz de fazê-lo perceber quando um animalzinho assim encontra-se
amedrontado. Desta maneira, logo voltei com o Peninha para o meu quarto e lá o
deixei, como antes, a fim de não mais estressá-lo.
Ainda nesta mesma tarde resolvi efetuar nova
tentativa de fazê-lo comer alguma coisa. A papinha com o pó que havia comprado
foi feita, desta vez, bem ralinha. Fiquei muito contente quando ele abriu o
bico para nutrir-se do líquido, que eu empurrava e que saía de outro bico, o da
seringa. Que ótimo! Parece que as coisas estavam melhorando com relação à
alimentação do pequenino. Mesmo bem ralinha, a quantidade que ele engoliu já
dava esperança de que conseguiríamos ajudá-lo nesta fase inicial da vida, para
que crescesse e se desenvolvesse, ao nosso lado. Não importa se depois quisesse
voar para longe. Seria criado sempre livre, nada de gaiolas. Então, logo após
este primeiro sucesso em fazê-lo ingerir algo diferente de água, coloquei-o novamente
na caixa de papelão. Até aquele momento, somente o matar a sede na manhã do dia
anterior e esta papinha bem rala. Mas era o começo. Certamente melhoraria com o
passar do tempo. Por muitas vezes eu o sustentaria, aconchegando-o em uma das
mãos, enquanto a outra, empunhando a seringa, também o sustentaria.
Voltei a deixá-lo no quarto e retornei para a
festa. Busquei tranquilizar a cunhada que havia manifestado preocupação por ele
não estar se alimentando. Contei-lhe este primeiro êxito em fazer o Peninha
ingerir os nutrientes contidos no pó. Que bom! Sem dúvida conseguiríamos cuidar
deste mais novo integrante da família. E por falar em integrante da família... O
Bob foi embora no domingo de Páscoa daquele mesmo ano. Sempre pedia aos céus para
que ele tivesse uma passagem rápida, sem muito sofrimento. Dizia que ele era “muito
gente boa” e que não merecia sofrer. E fui atendido. Foi levado pelos tumores
que, felizmente, não o impuseram maiores sofrimentos. Sempre bem cuidado com o
que a medicina veterinária pode proporcionar, fizemos o possível. Então, naquele
momento, ao voltar para a festa, deixando o pequenino no quarto, com nutrientes
em sua barriguinha, tudo levava a crer que a providência divina, vamos dizer
assim, havia dado à nossa família um novo integrante. Levou o Bob, mas
mandou-nos o Peninha!
Acabada a festa, já de noite, transportei a
caixa, tirando-a do meu quarto e deixando-a ao pé da escada que leva ao
salãozinho, um dos lugares prediletos dele, pois nestes dois primeiros dias
gostou muito de subir até os últimos degraus, fazendo da escada uma espécie de
árvore, satisfazendo o que acredito ser um instinto, de ficar por cima, aconchegado
entre os galhos... Que chato que ele perdeu o seu ninho... Mas, não ligue não
Peninha! Você foi parar no lar de amigos de pássaros. Será muito bem tratado
aqui entre nós e, principalmente, com liberdade. Mas agora, nesta segunda noite
aqui em casa, ainda ficará dentro desta caixa de papelão, coberta pelo xale,
para evitar que se meta em enrascadas, certo? Então resolvi não o incomodar e nem
levantei o xale para ver como estava. Com certeza estaria bem, dormindo, após ter
se nutrido pela primeira vez com o tal pozinho que, naquele momento, era, aos
nossos olhos, a salvação que o conduziria em direção a um pleno desenvolvimento.
Fui dormir contente.
Na manhã do dia seguinte, antes mesmo que eu
levantasse da cama, minha esposa, que levanta mais cedo e que já havia descido
para a cozinha, voltou novamente ao quarto para me alertar: “Vem cá ver o
passarinho! Eu não quis nem olhar direito! Não tenho coragem! Acho que ele está
com a asinha meio torta, esticada... Coitadinho! Eu acho que...”.
Imediatamente fui ver. E constatei que ele
estava morto. Nem toquei, não era preciso para ter certeza do acontecido.
Parecia que já estava de algum modo enrijecido. Algumas formigas o cercavam,
indicando que a natureza não para. Já estavam se aproveitando dos restos
mortais do pobrezinho. A sua imagem no canto da caixa de papelão destruiu
instantaneamente todas as esperanças de um futuro convívio. E trouxe também
muitas perguntas sem resposta. Aliás, na verdade, apenas uma pergunta básica:
por que ele morreu? E, a partir desta base, outras questões. Se ele morreu de
fome, não era para ter ficado bem debilitado antes de morrer? Será que ele
tinha algum problema de saúde? Será que o inconveniente comentário de minha
irmã estava correto? Será que é por isto que ele nos apareceu aqui em casa?
Dizem que certos animais abandonam a cria quando percebem que a mesma sofre de
algum problema... Mas que problema seria esse? Algo no sistema cardíaco? Será
que teve um infarte? Será que ele passou muito estresse quando eu o apresentei
para as pessoas na festa? Será que isto teve consequência?
Muitas, muitas perguntas... Pesquisei um pouco
na internet e vi que estes pequeninos seres são muito sensíveis às variações de
temperatura. Aí me lembrei que o deixei no quarto na tarde anterior de um dia
quente... Devia ter pesquisado isso antes, ter tomado mais cuidado! Mas será
que foi isso? Ontem à noite eu nem quis ver como ele estava, para não o incomodar.
Tinha confiança de que estava tudo bem. Fui dormir contente! Oh meu Deus! Será
que nessa hora ele já estava morto? Quando aconteceu e, acima de tudo, por quê?
Como disse, são muitas, muitas perguntas...
Peninha, meu amiguinho, que fez dos meus óculos
um poleiro ou balanço, e passeou comigo, rente ao meu peito. Que se empoleirou
no meu ombro direito, deixando-me contente por tê-lo assim ao meu lado. Que
gostava de xeretar e dar os seus sumiços... Vida breve aqui com a gente! Nem
quarenta e oito horas!
E a vida foi seguindo depois disso...
Aproximadamente um mês depois, estava aqui em
casa um conhecido meu, que tentava arrumar uma gaveta com problema e que, além
de entender de montagem de móveis, conhece bastante sobre passarinhos, pois cuida
de muitos e tem isso como hobby. Pois bem, quando lhe contamos a história do
Peninha, perguntou se ele já tinha penas, se estava totalmente “penado”.
Respondi que sim. Então ele foi categórico. “Se não tem pena ainda, ou se tem
poucas penas, aí o filhote abre bem o bico, procura comida. Mas se já está com
todas as penas, aí não tem jeito. Ele morre de fome, mas não abre o bico para
comer!”. Palavra de especialista.
Enfim, restaram perguntas sem respostas, mas,
principalmente, restaram também ótimas lembranças!
Peninha, valeu por ter convivido conosco! Valeu
mesmo! Acho que, como aconteceu, foi justamente aquilo que você queria. Deu
suas sumidas, explorou bastante o mundo de uma maneira que jamais teria feito
se tivesse permanecido no ninho...
Um grande abraço e voa com Deus!
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