Ultimamente
ando pensando sobre o pensamento. Talvez seja um desafio entender e explicar o
pensamento utilizando recursos do próprio pensamento. Mas vamos lá!
Pensamento
é tudo. Parece ser tudo. Como disse o filósofo e matemático René Descartes,
“Penso, logo existo”. Na verdade, o pensamento não proporciona a existência,
mas traz a consciência de que existimos. Afinal, uma cadeira existe, mas não
pensa. Elas não têm consciência de que existem. Nós temos. Ou deveríamos ter.
Dentro
desta linha de pensamento, podemos nos perguntar quanto de vida estamos tendo
sem termos consciência de que vivemos. Qual a parcela de nossas vidas que
delegamos para o piloto automático? Quando estamos sob o comando deste
programa, seguimos entorpecidos. É como existir sem ter consciência de que
existe.
Mas
a proposta de vida que quero adotar contrapõem-se totalmente a este
automatismo. Quero me ligar no presente, no instante, sempre. Perceber tudo que
acontece ao meu redor, usando os cinco sentidos ou quaisquer outros mais que
houver. Pensamento no presente. Sentimento no presente. Aliás, quem consegue
determinar onde acaba o pensamento e começa o sentimento? Ou vice-versa? Faz
sentido dizer que existe um “pensamento sentido”? Ou um “sentimento pensado”?
Tenho
uma teoria. Não é nada formal, não foi comprovada, tampouco conta com base
estatística. É simplesmente uma suspeita. Eu acho que a percepção do tempo tem
a ver com o modo como pensamos. Até aqui não há nada de extraordinário, é o que
você, leitor, deve estar julgando. Mas avanço um pouco mais. Acredito que o
próprio tempo dilata ou encolhe, de acordo com o nosso pensamento. Pensamento
focado, tranquilo e equilibrado nos conduz para o tempo dilatado, mais lento,
mais e melhor vivido, no qual conseguimos realizar muito mais coisas.
Pensamento desfocado e agitado nos leva para o tempo encolhido, acelerado, não
percebido, no qual seguimos automaticamente, ao sabor de infinitos estímulos,
correndo atrás das coisas, que não conseguimos realizar. Assim sendo, duas
pessoas, uma ao lado da outra, em iguais circunstâncias e sujeitas ao mesmo
tempo, creio que elas podem viver tempos completamente distintos, de acordo com
seus mundos mentais.
Depois
de dizer que o pensamento influencia no tempo ao nosso redor, darei agora mais
um passo em minha análise metafísica. Acredito também que o pensamento muda a
realidade que nos cerca. A física quântica não só explica esta “mágica” como
também comprova que não se trata de fantasia de uma mente mística. É pura
realidade. Imagine então o que faremos com o nosso pensamento quando passarmos
a usar os 90% do nosso cérebro que permanecem adormecidos? Somos possuidores de
um equipamento mental com uma capacidade ociosa incrível! É como se tivéssemos
ganhado uma máquina muito avançada, que ainda não sabemos operar. Mas não foi à
toa. Um dia usaremos todas as nossas potencialidades. Nosso futuro é glorioso!
Finalmente,
só posso dizer que quanto mais penso sobre o pensamento, mais acredito naquela
sublime afirmação que há muito tempo foi dita e que consta nas escrituras:
“Vós
sois deuses”.
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