Ansiedade. Não vejo a hora de saber o tema do
novo desafio de microcontos. Chego no serviço e, no computador, já abro uma aba
na página do SWEEK. Nada. Deixo a aba aberta e, de vez em quando, vou lá e dou
uma atualizada. O nada continua. E o trabalho se arrasta, mergulhado na
expectativa.
Até que uma atualizada revela o novo post. “7
minutos”, é o tempo da publicação. “Saiu agora pouco!”, exclamo em pensamento.
Pronto, já tenho o tema!
Desejo.
Volto ao serviço, mas não por muito tempo, pois
tenho que interromper novamente. Número 2. Desculpe-me, leitor, por entrar em
assuntos de excreção. Mas, pensando bem, não há mal nenhum nisto. Afinal,
pertence à nossa natureza.
Sentado no trono.
“Desejo... Que história posso escrever com este
tema?”.
Alguns segundos se passam. Força abdominal.
“Um sujeito que pode realizar todos os seus
desejos, magicamente...”.
Dou aquela olhada básica: a obra está feita,
boiando.
“Nada disso! Plágio daquele filme... O Todo
Poderoso.”.
Descarga. Aproveito o momento para buscar alguma
inspiração.
“Lâmpada mágica. Três desejos... Último desejo:
quero ter infinitos desejos atendidos... O cara derruba o limite do gênio...”.
Papel higiênico, corto, dobro, começo a limpar.
“Não, desejos sem fim é muito... Nem sei como
acabar essa coisa...”.
Uma ideia, desisto da ideia, uma limpada naquele
lugar, e assim por diante...
Até que o papel acaba. Mas ainda falta limpar
bastante! E agora?
De repente, todas as ideias e desejos ficam
pequenos diante do meu maior desejo neste momento: papel higiênico!
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