quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

DE?ETIZAÇÃO

Um dia desses descobri que escrevo e falo errado uma palavra. Minha filha me perguntou como escrevia. Respondi, sem hesitar: “de te ti za ção”. Ela disse que o corretor ortográfico indicava que estava errado. O certo é com “de” no lugar de “te”, duplo “de”. Assim: “de de ti za ção”. “Mas vê aí se não pode usar também ‘te’”, disparei logo em seguida. Afinal, para alguém como eu, que quer se considerar escritor e que costuma ter um zelo especial pelas palavras, é difícil admitir um erro assim. Mas tive que admitir. Um erro que durou uma vida toda, no meu caso, mais de cinco décadas.

Como atenuante, tenho a dizer que acho que nunca escrevi esta palavra. Assim sendo, acredito que a falha da escrita não foi cometida. Porém, com certeza, falei errado algumas vezes. Mas foram poucas, pois não é uma palavra do meu dia a dia. E, além disso, para quem ouve, não é o tipo de erro que fere os ouvidos. A troca do “de” pelo “te”, com seus sons meio que parecidos, pode até passar despercebida no meio das cinco sílabas. Ainda bem!

Bom, daqui para frente falarei e escreverei corretamente: dedetização. Mesmo que o profissional que lida com este procedimento fale como eu falava. Foi justamente o que ele me disse, no fim de semana passado, quando veio executar o procedimento aqui em casa: “bla-bla-bla, detetização, bla-bla-bla”.

Mas ainda bem que os insetos não ligam para dedetização com “de” ou com “te”. Morrem do mesmo jeito!