segunda-feira, 30 de abril de 2018

PENSAMENTO

Ultimamente ando pensando sobre o pensamento. Talvez seja um desafio entender e explicar o pensamento utilizando recursos do próprio pensamento. Mas vamos lá!
Pensamento é tudo. Parece ser tudo. Como disse o filósofo e matemático René Descartes, “Penso, logo existo”. Na verdade, o pensamento não proporciona a existência, mas traz a consciência de que existimos. Afinal, uma cadeira existe, mas não pensa. Elas não têm consciência de que existem. Nós temos. Ou deveríamos ter.
Dentro desta linha de pensamento, podemos nos perguntar quanto de vida estamos tendo sem termos consciência de que vivemos. Qual a parcela de nossas vidas que delegamos para o piloto automático? Quando estamos sob o comando deste programa, seguimos entorpecidos. É como existir sem ter consciência de que existe.
Mas a proposta de vida que quero adotar contrapõem-se totalmente a este automatismo. Quero me ligar no presente, no instante, sempre. Perceber tudo que acontece ao meu redor, usando os cinco sentidos ou quaisquer outros mais que houver. Pensamento no presente. Sentimento no presente. Aliás, quem consegue determinar onde acaba o pensamento e começa o sentimento? Ou vice-versa? Faz sentido dizer que existe um “pensamento sentido”? Ou um “sentimento pensado”?
Tenho uma teoria. Não é nada formal, não foi comprovada, tampouco conta com base estatística. É simplesmente uma suspeita. Eu acho que a percepção do tempo tem a ver com o modo como pensamos. Até aqui não há nada de extraordinário, é o que você, leitor, deve estar julgando. Mas avanço um pouco mais. Acredito que o próprio tempo dilata ou encolhe, de acordo com o nosso pensamento. Pensamento focado, tranquilo e equilibrado nos conduz para o tempo dilatado, mais lento, mais e melhor vivido, no qual conseguimos realizar muito mais coisas. Pensamento desfocado e agitado nos leva para o tempo encolhido, acelerado, não percebido, no qual seguimos automaticamente, ao sabor de infinitos estímulos, correndo atrás das coisas, que não conseguimos realizar. Assim sendo, duas pessoas, uma ao lado da outra, em iguais circunstâncias e sujeitas ao mesmo tempo, creio que elas podem viver tempos completamente distintos, de acordo com seus mundos mentais.
Depois de dizer que o pensamento influencia no tempo ao nosso redor, darei agora mais um passo em minha análise metafísica. Acredito também que o pensamento muda a realidade que nos cerca. A física quântica não só explica esta “mágica” como também comprova que não se trata de fantasia de uma mente mística. É pura realidade. Imagine então o que faremos com o nosso pensamento quando passarmos a usar os 90% do nosso cérebro que permanecem adormecidos? Somos possuidores de um equipamento mental com uma capacidade ociosa incrível! É como se tivéssemos ganhado uma máquina muito avançada, que ainda não sabemos operar. Mas não foi à toa. Um dia usaremos todas as nossas potencialidades. Nosso futuro é glorioso!
Finalmente, só posso dizer que quanto mais penso sobre o pensamento, mais acredito naquela sublime afirmação que há muito tempo foi dita e que consta nas escrituras:
“Vós sois deuses”.