domingo, 23 de janeiro de 2022

2022

2022 veio com tudo! Logo na virada, a entrada neste novo ano já foi bastante atípica: eu, meu filho e a cachorra dele, em uma clínica veterinária. Nós estávamos em pé, amparando-a na maca. O motivo foi o enorme estrondo de um rojão, horas antes, que provocou uma espécie de estado de choque na cadelinha. Olhei para o relógio e constatei que faltava menos de um minuto para 2022. Esperamos e nos cumprimentamos, com o tradicional “feliz ano novo”. Só nós três, dois humanos e uma canina, foi assim que comecei o ano.

Mas não parou por aí... Apesar de a pandemia continuar, a bruxa saiu do isolamento. Vamos à lista de incidentes, que já acumula um considerável número de ocorrências. E olha que ainda falta mais de uma semana para terminar o primeiro mês.

Logo no dia 6, tive a minha primeira experiência de algo que esperava nunca ter que enfrentar. Bom que eu me esforcei para escapar. Há muitos anos, mais que isso, há décadas que venho tomando água regularmente e em boa quantidade, na esperança de não ter que passar por uma crise de cólica renal. Este hábito foi decorrência de uma visita que fiz a um de meus irmãos, quando o encontrei em estado lastimável, vomitando de dor. Cheguei na hora certa e o socorri. E restou a determinação de hidratar bastante o corpo para não ter que sofrer como ele. Mas não foi suficiente. Aconteceu comigo também. Para quem não tem a dimensão do tamanho dessa dor, acho que dá para explicar para boa parte da metade das pessoas. Eu diria que é assim, é como uma bolada no saco, só que dói nas costas, região lombar, no meu caso foi do lado direito. Uma bolada no saco que não passa, contínua. Não cheguei a vomitar, mas por duas vezes, quando a dor ficou ainda mais intensa, senti ânsia e cheguei perto de botar tudo pra fora. Por sorte não durou muito, cerca de uma hora e meia. Quando estava para tomar a medicação na veia, na poltrona da enfermaria do hospital, a dor já havia passado. Deu uma grande aliviada quando nos aproximávamos do hospital. Com minha esposa no volante, eu procurava somente uma maneira de suportar o sofrimento. Foi então que resolvi colocar a mão sobre o centro da dor e fazer aquilo que se chama como autopasse... Deu certo! Acho que foi nessa hora que a pedra saiu do canal que vem do rim e entrou na bexiga. Se minhas energias, ou a breve elevação do pensamento que procurei fazer, ou alguma coisa do “outro lado” que tenha me ajudado, ou simplesmente a coincidência de buscar este recurso justamente no momento em que a pedra, em seu curso normal, saiu da região em que provoca as terríveis cólicas... Explicações e conclusões deixo para você, leitora, ou leitor, ou leitorx...

Logo depois, passamos pela aflição e padecimento de minha filha. Um dos seus molares do lado direito rachou. Há um tempo atrás, o equivalente do outro lado, na mesma arcada inferior, também havia rachado. Os dois do mesmo jeito, da ponta até a raiz, sem recuperação. Resultado: mais um implante.

A próxima visita da bruxa foi lá em Pato Branco, a mais de 800 quilômetros daqui de São Caetano. Mas o que é essa distância para sua vassoura supersônica? Pegou meu filho com uma dor de barriga danada. Desarranjou o intestino e provocou uma leve febre. O teste de Covid deu negativo.

Mas se lá deu negativo, aqui deu positivo, com o namorado de minha filha. Começou o ano com sintomas, dor de garganta, sensação de febre. Isolou-se por duas semanas, mas depois, quando veio um quadro de sinusite a acompanhar a tosse que ainda continuava, buscou atendimento médico e fez o tal exame que positivou. O resultado saiu ontem e, como ele esteve no fim de semana passado aqui em casa, amanhã minha filha fará o teste também. Vamos ver no que vai dar. Mas estamos todos bem, sem sintoma algum. Acho que quando ele veio aqui já não mais estava transmitindo...

Com a minha sogra a bruxa também marcou presença. Tratou de empurrá-la, fazendo-a cair, machucando o cotovelo e o joelho. E não deixou de atingir também o nosso cachorro, que também teve um começo de ano difícil, com uma crise de dor em seus bicos de papagaio, acompanhada de vômitos e inapetência. Chegou até a ficar internado.

Acho que, por enquanto, é só.

(...)

Opa! Estava esquecendo... No dia 11 roubaram meu celular. Um bando de jovens, no mínimo eram uns três de bicicleta e outros quatro a pé, cercaram-me em minha caminhada. Queriam só o celular. Então dei o aparelho, sem oferecer resistência.

E para completar o quadro de incidentes, a sogrinha fez uma cintilografia e o exame apontou uma isquemia no coração, com indicação para a realização de cateterismo. Mas isto pode ser encarado até como uma boa notícia, pois a medicina preventiva age assim mesmo, nos mostra os problemas antes que eles aumentem e nos surpreendam. Antes disso vamos tomando as medidas para garantirmos uma saúde e qualidade de vida melhores.

A gente brinca, fala que a bruxa está solta, mas no fundo entende que isto tudo pertence ao rol de coisas “normais”, afinal, quem não passa por problemas? É que o problema dos problemas é que geralmente eles vêm como uma tropa de choque, todos juntos.

Mas tudo bem, porque, se formos comparar, perto das coisas terríveis que estão acontecendo, principalmente em nosso país, com o desgoverno reinante, até que por aqui estamos todos bem. E, para quem acha que eu não precisaria ter misturado os acontecimentos familiares com a política, tenho a dizer que eu não poderia deixar de dizer, entende? Olhamos lá fora e vemos a pandemia ganhar força, em grande parte pelo governo jogar contra. Contra a vacina, especialmente para as crianças. Contra o meio ambiente. Contra o emprego. Contra a estabilidade econômica. Contra a ciência. Contra a educação e a cultura. Contra a verdade. Contra a paz. Contra o povo, principalmente os mais simples e necessitados. É o governo da morte e da destruição, que faz de tudo para chegar ao seu objetivo final, de terra arrasada.

Então, se este 2022 não começou muito bem para mim e meu círculo familiar mais próximo, sei, infelizmente, que para muitas outras pessoas, vítimas mais diretas das ações e inações governamentais, o cenário é intensamente mais sombrio.

Depois de dizer tudo isto, não sei se devo finalizar o texto com um “feliz 2022!”. Talvez seja mais adequado desejar “feliz 2023!”. Com a esperança de elegermos um presidente e congresso bem melhores. E com a bruxa má amarrada em um canto qualquer!