A minha presença na história política da
humanidade vem de longa data.
Costumo aparecer mais em tempos difíceis e
conturbados, propondo soluções fáceis para questões complexas, geralmente
acompanhadas por posturas autoritárias e preconceituosas.
Necessito de inimigos para sobreviver. Minha
força vem do ódio, cuidadosamente cultivado entre meus seguidores.
Outro polo catalisador de força vem do medo.
Medo dos comunistas, mesmo que estes não mais existam em determinada época ou
região. Não importa, eles sempre existirão, e sempre serão ameaça.
Costumo aliar-me aos princípios religiosos mais
conservadores. Aliás, tudo que é conservador tem o meu apoio. Não gosto de
mudança.
Construo mundos paralelos, nego a Ciência,
estrangulo as Artes.
Posso usar a democracia para chegar ao poder,
mas, aí chegando, acabo com ela.
Combato as minorias, não convivo bem com as
diferenças. Gosto da autoridade e até aceito que ela aplique violência, desde
que não seja contra as “pessoas de bem”.
Quem são as “pessoas de bem”? Ora essa, não me
faça perguntas difíceis!
Qual é o meu nome? Ah, isso eu posso responder.
Meu nome é extrema direita.