domingo, 21 de abril de 2024

MEU NOME É...

A minha presença na história política da humanidade vem de longa data.

Costumo aparecer mais em tempos difíceis e conturbados, propondo soluções fáceis para questões complexas, geralmente acompanhadas por posturas autoritárias e preconceituosas.

Necessito de inimigos para sobreviver. Minha força vem do ódio, cuidadosamente cultivado entre meus seguidores.

Outro polo catalisador de força vem do medo. Medo dos comunistas, mesmo que estes não mais existam em determinada época ou região. Não importa, eles sempre existirão, e sempre serão ameaça.

Costumo aliar-me aos princípios religiosos mais conservadores. Aliás, tudo que é conservador tem o meu apoio. Não gosto de mudança.

Construo mundos paralelos, nego a Ciência, estrangulo as Artes.

Posso usar a democracia para chegar ao poder, mas, aí chegando, acabo com ela.

Combato as minorias, não convivo bem com as diferenças. Gosto da autoridade e até aceito que ela aplique violência, desde que não seja contra as “pessoas de bem”.

Quem são as “pessoas de bem”? Ora essa, não me faça perguntas difíceis!

Qual é o meu nome? Ah, isso eu posso responder.

Meu nome é extrema direita.

domingo, 31 de março de 2024

60 ANOS DO GOLPE MILITAR

Antes que este dia acabe eu preciso escrever este texto. Tem que ser hoje, todo o texto escrito hoje, para absorver plenamente a carga desta data: 31 de março de 2024.

Há exatamente 60 anos atrás começou um período sombrio e terrível no Brasil, quando foi instaurada, através de um golpe, a ditatura militar.

É importante esclarecer que nenhuma ditadura é boa. Simples assim. Sem meias palavras. Sem reescrever a história.

É inadmissível que ainda existam pessoas que enalteçam este período do nosso país. Isto é resultado de desinformação.

Vivemos tempos difíceis. Os problemas do mundo são cada vez mais complexos. A internet e as redes socias acabaram potencializando o lado mais sombrio do ser humano. Nesse cenário conturbado prospera a extrema direita, que propõe soluções simples e autoritárias, carregadas de preconceito e ódio.

Não quero aqui analisar as causas que estão levando a humanidade para este desfiladeiro moral. Sei que não chegarei à conclusão alguma. Prefiro dedicar minha energia em sentido contrário. Ao invés de tentar desvendar as razões que estão levando as pessoas a caírem nas garras dos regimes autoritários, prefiro buscar caminhos para fazer com que as mesmas escapem desta armadilha. E um dos caminhos, com certeza, é através das Artes, em todas as suas expressões.

É preciso promover uma onda de informações positivas, esclarecendo as mentes. É preciso fazer entender que o melhor regime é sempre a democracia. Pode ser difícil, pode passar por tropeços, mas que devem ser solucionados com mais democracia.

Tantas coisas em minha mente, tanto a falar nesta importante data. Mas não quero cansar o leitor. Deixo aqui, para encerrar, duas frases, escritas em caixa alta, que resumem o que precisa ser dito, hoje e sempre:

DITATURA, NUNCA MAIS!

SEM ANISTIA AOS GOLPISTAS QUE ATENTAM CONTRA A DEMOCRACIA!