sábado, 23 de agosto de 2014

ASSIM NÃO DÁ... (OU) TALVEZ UM DIA EU FAÇA ISSO...


Era uma vez um jovem que, disposto a sair com os amigos em um sábado a noite, ordenou ao mensageiro do senhor seu pai para que fosse rapidamente na residência de cada um deles, convoca-los para o imediato passeio, no qual procurariam folgar após uma semana pontilhada por inúmeros compromissos...
Era uma vez um jovem que, estando a fim de curtir a noite de sábado com os amigos, bateu um fio com cada um deles, intimando-os a sair para dar uma agitada depois de uma semana cheia de trampo...
Era uma vez uma vez um jovem que, pintando aquela vontade danada de dar um rolê com os amigos, entrou na internet logo que bateu duas da tarde de sábado (pois daí pra frente a companhia telefônica só cobrava um impulso...) e mandou um e-mail pros camaradas (sabia que eles também entrariam depois das duas; todo mundo entrava...) pra combinar algum lance para aquela noite, só pra desestressar depois de uma semana da pesada...
Era uma vez um jovem que, querendo dar um giro com os amigos naquela noite de sábado, entrou no MSN e teclou algumas mensagens pra eles, combinando um esquema pra aliviar o peso de uma semana punk...
Era uma vez um jovem que, doidão pra sair pra balada com os amigos naquela noite de sábado, mandou um WhatsApp pra turma, combinando uma parada pra aliviar a tensão, pois estava pilhado após uma semana nervosa...
Era uma vez um jovem que, tizado (gíria a ser inventada, com significado difícil de ser definido, mas que pode ser entendida, em termos aproximados, por “obcecado, dotado de uma vontade que ignora qualquer obstáculo”. Haverá quem dirá, no futuro do futuro, que esta gíria teria surgido como uma derivação ou contração da palavra “hipnotizado”) pra sair com os amigos no sábado à noite, disparou um VIMC pra eles (VIMC é uma palavra que vem das iniciais de “Vocal Inter-Mental Communicator”, revolucionária criação da micro-bio-eletrônica, na qual o sujeito tem um minúsculo aparelho implantado atrás da orelha, capaz de transmitir e receber pensamentos. Como os mais curiosos perguntarão o porquê do “vocal”, eu já me adianto explicando que este termo é devido ao fato de ser através de comando de voz que o usuário liga ou desliga o dispositivo, funcionamento este que diminui a probabilidade de “transmissões acidentais”...), instigando-os para uma zulha (gíria equivalente à balada, só que, entre as duas, ainda surgirá outra...) pra descarregar o estresse de uma semana daquelas...
Assim não dá...
Está cada vez mais difícil fazer um texto que não fique desatualizado depois de algum tempo...
Acho que um dia vou escrever um texto “multitemporal”, com cada episódio redigido de múltiplas formas, sendo que cada uma delas estaria ambientada em um determinado tempo. O leitor navegaria então livremente por onde quisesse...
Talvez um dia eu faça isso...

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